quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Magras

É no mínimo interessante a forma como a beleza é vista pelas pessoas. Muito antigamente, nos remotos tempos do meu ensino médio, os gregos consideravam belas as mulheres mais recheadas... Não vou afirmar que elas eram exuberantes (ou qualquer outra coisa) porque meu nível de estudo relacionado a artes cênicas não me permite sustentar minha opinião. Na época em que estudei arte grega, eu até poderia partilhar minha opinião, porém no momento apenas julgo desnecessário.
Depois da arte grega e seu padrão de beleza, também encontrei um padrão de beleza semelhante ao grego. Não sei se pode ser chamado de padrão de beleza, enfim... Todo começo de ano é no mínimo irritante (para mim sempre foi), inicia-se as propagandas de carnaval e o an
o mal começou... De 2008 para 2009 (eu nunca esqueci), a primeira propaganda do ano foi o samba enredo do tal canal. Parte da minha animação pelo ano novo sumiu depois disso. O Rei Mom, era disso que eu queria fala. Um padrão próximo ao grego... Incentivo a ser gordo, sambar entre mulheres seminuas ou menos...
Ao mesmo tempo... O padrão para as mulheres mudou drasticamente, de gordinhas (recheadas ou qualquer variante) para magras (secas ou qualquer coisa parecida ou pior). Então ter um pouco de gordura virou doença (patologia), virou tecnologia mal utilizada, "crime" e até motivo para demissão. Alguém lembra?

2 comentários:

Vinícius disse...

Sobre o ano novo:

"Tudo nos parece
melhor e mais belo, — fruto da nossa ilusão, — e alegres com vermos o ano
que desponta, não reparamos que ele é também um passo para a morte."
Machado

Sobre o ideal de beleza:

Esses dias, refletindo a respeito (hoje em dia homens não estão isentos), cheguei a conclusão que a nossa insatisfação conosco é algo que foi produzido e é alimentado da maneira mais torpe, porque se estivermos satisfeitos não tentaremos melhorar. E frequentemente, melhorar , na nossa mente subdesenvolvida, rs, inclui comprar. Se todo mundo estivesse satisfeito consigo mesmo, independente de como fosse e pensasse em melhoria como espiritualização, muito provavelmente a gente teria grandes problemas econômicos a resolver...

Antigamente os romanos, quando batalhavam com os povos germânicos e venciam, escravizavam os ditos galegos dos olhos azuis, e achavam a coisa mais ridícula, ser "sem cor"... os índios não gostariam de ser a massa de pão crua, nem a queimada... hoje, a gente tem que pensar que o outro é melhor, pois só assim a gente compra pra tentar sê-lo...

Mundo cruel...

Rosane disse...

Seu texto me fez lembrar das Vênus Esteatopígenas nas aulas de História, no ensino fundamental. Eram hipervalorizadas no eixo gravitacional, ventre e mamas, símbolo da fecundidade. Agora não precisa mais disso, né. Temos aí a explosão demográfica...